DIA DOS PAIS - MENSAGENS 2

OS MODELOS DE MENSAGENS ABAIXO FORAM 
PESQUISADOS NO BLOG:          
http://muraisamodelosmoldesideias.blogspot.com.br/search/label/DIA%20DOS%20PAIS
 

OS MODELOS DE MENSAGENS ABAIXO FORAM 
PESQUISADOS NO BLOG:          
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FOLCLORE - QUEBRA-CABEÇA



 FOLCLORE - QUEBRA-CABEÇA
 
CRÉDITO DAS IMAGENS:
http://www.atividadeseducativas.net.br/atividades-educativas-para-educacao-infantil-folclore/
 


 FOLCLORE - QUEBRA-CABEÇA
 
CRÉDITO DAS IMAGENS:
http://www.atividadeseducativas.net.br/atividades-educativas-para-educacao-infantil-folclore/
 

Estudo de texto - Eles têm nome também


LETRA D


ESTUDO DA LETRA "D" BASEADO NO MÉTODO FÔNICO.
ATIVIDADES ELABORADAS POR MIM
(as figuras pesquisei no clipart e na net).

ESTUDO DA LETRA "D" BASEADO NO MÉTODO FÔNICO.
ATIVIDADES ELABORADAS POR MIM
(as figuras pesquisei no clipart e na net).

TDAH - Entendendo um pouco.

E de repente, viajando pela net, encontro uma matéria super interessante da revista Super Interessante! Fala sobre TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Pesquiso bastante esse tema por está em volta da educação de pessoas e entre elas meus filhos, quem acompanha o meu blog sabe que tenho algumas dificuldades com meu filho Lucas, agora com 10 anos. Todos os dias a mesma coisa, Lucas presta atenção, Lucas não viaja!, Lucas! Lucas! Lucas!
Uma preciosidade de menino, super educado, adora escola, amigos, educação física, mas viaja literalmente.
Essa semana perguntei a ele: Filho, porque quando você está fazendo atividades você não consegue se concentrar? 
-Mãe, é que eu esqueço o que eu tô fazendo, por exemplo, se a professora fala presidente, eu logo imagino que sou um presidente e que estou pelo mundo fazendo muitas coisas e se ela fala carro, eu logo imagino que estou numa Ferrari conhecendo muitos lugares!.
-Mas filho, sempre foi assim?
-Hã, como assim?
-Sempre foi assim na escola, você fica imaginando coisas?
-Ah é! Acho que sempre.
-Tá bom, agora a mãe precisa ir trabalhar, vem aqui e fecha o portão pra mim?
Então logo levanto da mesa e ele me segue pra fechar o portão, chego na frente de casa e ele volta. Eu observando chamo-o:
-Lucas! O que foi que eu falei pra você?

-Hã?
-Lucas, eu falei pra você fechar o portão!
-Ah é... Eu sabia que tinha que fechar alguma coisa!

E assim vai o meu dia em casa, e na escola é a mesma coisa. Mas essa semana eu consegui convencer meu marido a ir comigo na psicóloga, marquei a consulta, e estou apreensiva, mas contente, ano passado cheguei a ir na primeira consulta mas meu marido se negou. Acredito que na verdade ele tem medo que nosso Lucas tenha algum tipo problema grave, como ele não entende, automaticamente já rejeita essa situação.

Leiam esse texto abaixo, dá uma visão do funcionamento do cérebro das pessoas com esse distúrbio.


por Rodrigo Rezende

Buzina de carro, latido de cachorro, choro de bebê, "Que horas são?", "Rola algo no Facebook?", "Que programa de TV é esse?", "O que tem para comer?", "Por que alguém vai ler esta matéria mesmo?". Apenas 5 minutos sentado em frente ao computador e tudo isso já passou pela minha cabeça. Tudo ao meu redor fala mais alto do que escrever este texto. Fecho a janela, checo o relógio, surfo na net, desligo a tv, como chocolate. Só então consigo voltar para explicar o que você ganha ao continuar lendo esta matéria: uma visão sobre como funciona uma mente inquieta. Nas próximas páginas, você vai enxergar o mundo pelos meus olhos. Bem-vindo ao cérebro TDAH.

A redação da SUPER não é exatamente o lugar mais tranquilo para manter a atenção. Pilhas de livros nas mesas, revistas importadas nas paredes, gente falando ao telefone. Enquanto rabisco caoticamente num bloquinho, o diretor de redação me explica uma pauta: "Quero que você escreva sobre TDAH. Mas em primeira pessoa. Sua experiência pode ser interessante para o leitor". Topo fazer a matéria imediatamente. Marcamos o prazo de um mês para entregar o texto que você lê agora. Prazo real de entrega: dois anos.

Se você tem TDAH, não é difícil se identificar com a história acima. Ela expõe um dos traços mais característicos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: dificuldade em gerenciar o tempo. O paciente TDAH também se reconhece facilmente na brincadeira de Douglas Adams, autor do Guia do Mochileiro das Galáxias: "Amo prazos de entrega. Adoro o som que fazem quando passam voando pela minha janela". Quem sofre de TDAH tende a ser tachado de avoado ou incapaz. Mas julgamentos como esses não explicam as nuances da mente TDAH. Eu mesmo, por exemplo, perco as contas de quantas vezes chego atrasado a compromissos e esqueço datas de aniversário. Ao mesmo tempo, tenho a estranha capacidade de ler textos que me interessam por horas a fio nos ambientes mais caóticos possíveis.

É bem provável que você conheça mais pessoas com esse perfil. Estima-se que um em cada 20 adultos apresente sintomas suficientes para ser diagnosticado com TDAH. Um estudo afirma que o impacto da doença na produtividade dos EUA é de US$ 77 bilhões de prejuízo por ano. Uma cifra que ultrapassa a da depressão (US$ 43 bilhões) e a do abuso de drogas (58). Por isso, entender o TDAH é uma tarefa cada vez mais importante. E é isso que eu fiz, procurando alguém que conhece o assunto bem de dentro. Mais exatamente, de dentro de seu próprio cérebro.

Uma pilha de exames com cérebros coloridos. É o que mais chama atenção na mesa da psiquiatra e autora de livros Ana Beatriz Barbosa. Mas não consigo tirar os olhos de um outro objeto: um bloco de anotações. Dentro dele, vejo a prova física do que já sabia antes: não sou o único com problemas de atenção na sala. Os rabiscos caóticos só podem ter vindo de um lugar: outro cérebro TDAH.

Enquanto enche de riscos o seu bloquinho, Ana Beatriz explica o que há de errado em nossas cabeças: "O defeito está numa parte do cérebro chamada lobo frontal, que fica próxima à testa." O lobo frontal é uma espécie de gerente executivo do cérebro. A função dele é coletar informações e enviar ordens em forma de impulsos elétricos para as outras partes do órgão. Mas, como todo bom gerente, exige um pagamento adequado para trabalhar. No caso, o pagamento é em dopamina, uma substância que regula a interação entre neurônios. Sem ela, os neurônios do lobo frontal não conseguem conversar direito. Quando isso acontece, o cérebro começa a funcionar como uma empresa sem CEO: ganha o setor que grita mais alto. Com medo da falência, a empresa cerebral ainda pode tentar criar uma espécie de caixa dois de dopamina. Aí começa uma busca desesperada por tudo que promove a produção do neurotransmissor: açucar, sexo, nicotina, jogo, álcool, drogas ilegais. Não é à toa que 17 a 45% dos adultos com TDAH apresentam problemas com álcool, e que o risco de se viciar em drogas é o dobro para quem tem essa doença.

Mas como diagnosticar alguém assim? "Primeiro, é preciso sorte", diz a psiquiatra. "Pessoas com TDAH muitas vezes não têm ideia de que sofrem de uma doença". Sorte foi exatamente o que levou Ana Beatriz a ser diagnosticada. Atrasada para um curso na Universidade Berkeley (EUA) -"Começava às 8h. Cheguei 9h15."-, foi obrigada a assistir à única palestra disponível no horário. O palestrante era Russell Barkley, um dos pioneiros no estudo do TDAH. Ao ouvir os sintomas da doença, Ana Beatriz não teve dúvidas: "Sou eu!". Logo que a palestra acabou, foi atrás de Barkley e pediu para fazer um teste psicológico. Ele voltou com o resultado positivo. Assim que começou a se tratar para TDAH, Ana Beatriz, que cursou ao mesmo tempo Medicina, Física e Odontologia, conseguiu pisar no freio da mente e seguir uma estrada só: especializou-se em TDAH e hoje é autora de best-sellers sobre o tema.

Homo desatentus
Savana africana, 30 mil a.C. Em um pequeno grupo de Homo sapiens, alguém se esforça para entender a conversa. Não é tarefa fácil. Folhas balançando ao vento, pilhas de ossos ao lado, trilhas de animais no chão. Tudo capta seu olhar. Mas o TDAH pode ter sido uma vantagem para nossos ancestrais. Na luta pela sobrevivência entre caçadores-coletores, levava vantagem quem possuía uma misteriosa habilidade presente no cérebro TDAH: o hiperfoco. Hiperfoco é uma capacidade de superconcentração característica de muitas mentes desatentas. Você já deve ter topado com gente assim: o menino que não para quieto, mas joga 10 horas de videogame, ou a pessoa que não vai à aula, mas passa a tarde tocando violão. Seriam todos descendentes diretos do caçador distraído, mas supereficaz. Para ele, um animal na savana é como um videogame ou um violão: algo que monopoliza o cérebro. Essa capacidade de ver uma presa e apagar o resto do mundo conferiu vantagens evolutivas. E, em tese, possibilitou que os genes do caçador TDAH chegassem até nós. "Estima-se que 80% dos casos de TDAH têm origens genéticas", diz o psiquiatra da New York University Lenard Adler.

Mas voltemos a 2012. Faz 4 horas que escrevo sem parar. Não batuco na mesa, como de costume. Nenhuma janela aberta no navegador. Quem me conhece pode achar que estou possuído. E estou: por uma pílula. O mecanismo exato de funcionamento dos medicamentos para TDAH é desconhecido. Mas os efeitos mentais são bem familiares. Em alguns minutos, o cérebro, que funcionava como um rádio fora de estação, entra em sintonia. E o impossível se torna possível: executar uma só tarefa por vez.

Ritalin, Aderall, Concerta, Venvanse. São algumas das drogas mais eficazes da indústria farmacêutica na guerra contra os problemas de atenção. Mas ainda não dá para afirmar que existem armas de precisão no mercado. É possível, por exemplo, ingerir um medicamento com um alvo em mente e acertar outro: engolir uma pílula com a intenção de escrever um texto e terminar arrumando a gaveta de meias. Muito menos existe uma espécie de bomba atômica contra o TDAH: um medicamento que funcione com 100% dos pacientes. Para tratar o TDAH, ainda é necessário alguém que entenda de estratégia de guerra: um psiquiatra capaz de testar os medicamentos mais adequados a cada caso.

Mas agora a pergunta que realmente interessa: como saber se você tem TDAH? Se você chegou sem interrupções até aqui, a resposta mais provável é não. (Mas pode ser que sim. E você está em hiperfoco agora). A verdade é que só um profissional vai saber responder. Mas, se a resposta for sim, não se desespere. Afinal, um simples TDAH não impediu você de ler este texto até o final, não é mesmo? E nem me impedirá de escrever muitos outros.

Para saber mais
Mentes Inquietas
Ana Beatriz Barbosa, Fontanar, 2009.

Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/minha-vida-foco-695353.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&

E de repente, viajando pela net, encontro uma matéria super interessante da revista Super Interessante! Fala sobre TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Pesquiso bastante esse tema por está em volta da educação de pessoas e entre elas meus filhos, quem acompanha o meu blog sabe que tenho algumas dificuldades com meu filho Lucas, agora com 10 anos. Todos os dias a mesma coisa, Lucas presta atenção, Lucas não viaja!, Lucas! Lucas! Lucas!
Uma preciosidade de menino, super educado, adora escola, amigos, educação física, mas viaja literalmente.
Essa semana perguntei a ele: Filho, porque quando você está fazendo atividades você não consegue se concentrar? 
-Mãe, é que eu esqueço o que eu tô fazendo, por exemplo, se a professora fala presidente, eu logo imagino que sou um presidente e que estou pelo mundo fazendo muitas coisas e se ela fala carro, eu logo imagino que estou numa Ferrari conhecendo muitos lugares!.
-Mas filho, sempre foi assim?
-Hã, como assim?
-Sempre foi assim na escola, você fica imaginando coisas?
-Ah é! Acho que sempre.
-Tá bom, agora a mãe precisa ir trabalhar, vem aqui e fecha o portão pra mim?
Então logo levanto da mesa e ele me segue pra fechar o portão, chego na frente de casa e ele volta. Eu observando chamo-o:
-Lucas! O que foi que eu falei pra você?

-Hã?
-Lucas, eu falei pra você fechar o portão!
-Ah é... Eu sabia que tinha que fechar alguma coisa!

E assim vai o meu dia em casa, e na escola é a mesma coisa. Mas essa semana eu consegui convencer meu marido a ir comigo na psicóloga, marquei a consulta, e estou apreensiva, mas contente, ano passado cheguei a ir na primeira consulta mas meu marido se negou. Acredito que na verdade ele tem medo que nosso Lucas tenha algum tipo problema grave, como ele não entende, automaticamente já rejeita essa situação.

Leiam esse texto abaixo, dá uma visão do funcionamento do cérebro das pessoas com esse distúrbio.


por Rodrigo Rezende

Buzina de carro, latido de cachorro, choro de bebê, "Que horas são?", "Rola algo no Facebook?", "Que programa de TV é esse?", "O que tem para comer?", "Por que alguém vai ler esta matéria mesmo?". Apenas 5 minutos sentado em frente ao computador e tudo isso já passou pela minha cabeça. Tudo ao meu redor fala mais alto do que escrever este texto. Fecho a janela, checo o relógio, surfo na net, desligo a tv, como chocolate. Só então consigo voltar para explicar o que você ganha ao continuar lendo esta matéria: uma visão sobre como funciona uma mente inquieta. Nas próximas páginas, você vai enxergar o mundo pelos meus olhos. Bem-vindo ao cérebro TDAH.

A redação da SUPER não é exatamente o lugar mais tranquilo para manter a atenção. Pilhas de livros nas mesas, revistas importadas nas paredes, gente falando ao telefone. Enquanto rabisco caoticamente num bloquinho, o diretor de redação me explica uma pauta: "Quero que você escreva sobre TDAH. Mas em primeira pessoa. Sua experiência pode ser interessante para o leitor". Topo fazer a matéria imediatamente. Marcamos o prazo de um mês para entregar o texto que você lê agora. Prazo real de entrega: dois anos.

Se você tem TDAH, não é difícil se identificar com a história acima. Ela expõe um dos traços mais característicos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: dificuldade em gerenciar o tempo. O paciente TDAH também se reconhece facilmente na brincadeira de Douglas Adams, autor do Guia do Mochileiro das Galáxias: "Amo prazos de entrega. Adoro o som que fazem quando passam voando pela minha janela". Quem sofre de TDAH tende a ser tachado de avoado ou incapaz. Mas julgamentos como esses não explicam as nuances da mente TDAH. Eu mesmo, por exemplo, perco as contas de quantas vezes chego atrasado a compromissos e esqueço datas de aniversário. Ao mesmo tempo, tenho a estranha capacidade de ler textos que me interessam por horas a fio nos ambientes mais caóticos possíveis.

É bem provável que você conheça mais pessoas com esse perfil. Estima-se que um em cada 20 adultos apresente sintomas suficientes para ser diagnosticado com TDAH. Um estudo afirma que o impacto da doença na produtividade dos EUA é de US$ 77 bilhões de prejuízo por ano. Uma cifra que ultrapassa a da depressão (US$ 43 bilhões) e a do abuso de drogas (58). Por isso, entender o TDAH é uma tarefa cada vez mais importante. E é isso que eu fiz, procurando alguém que conhece o assunto bem de dentro. Mais exatamente, de dentro de seu próprio cérebro.

Uma pilha de exames com cérebros coloridos. É o que mais chama atenção na mesa da psiquiatra e autora de livros Ana Beatriz Barbosa. Mas não consigo tirar os olhos de um outro objeto: um bloco de anotações. Dentro dele, vejo a prova física do que já sabia antes: não sou o único com problemas de atenção na sala. Os rabiscos caóticos só podem ter vindo de um lugar: outro cérebro TDAH.

Enquanto enche de riscos o seu bloquinho, Ana Beatriz explica o que há de errado em nossas cabeças: "O defeito está numa parte do cérebro chamada lobo frontal, que fica próxima à testa." O lobo frontal é uma espécie de gerente executivo do cérebro. A função dele é coletar informações e enviar ordens em forma de impulsos elétricos para as outras partes do órgão. Mas, como todo bom gerente, exige um pagamento adequado para trabalhar. No caso, o pagamento é em dopamina, uma substância que regula a interação entre neurônios. Sem ela, os neurônios do lobo frontal não conseguem conversar direito. Quando isso acontece, o cérebro começa a funcionar como uma empresa sem CEO: ganha o setor que grita mais alto. Com medo da falência, a empresa cerebral ainda pode tentar criar uma espécie de caixa dois de dopamina. Aí começa uma busca desesperada por tudo que promove a produção do neurotransmissor: açucar, sexo, nicotina, jogo, álcool, drogas ilegais. Não é à toa que 17 a 45% dos adultos com TDAH apresentam problemas com álcool, e que o risco de se viciar em drogas é o dobro para quem tem essa doença.

Mas como diagnosticar alguém assim? "Primeiro, é preciso sorte", diz a psiquiatra. "Pessoas com TDAH muitas vezes não têm ideia de que sofrem de uma doença". Sorte foi exatamente o que levou Ana Beatriz a ser diagnosticada. Atrasada para um curso na Universidade Berkeley (EUA) -"Começava às 8h. Cheguei 9h15."-, foi obrigada a assistir à única palestra disponível no horário. O palestrante era Russell Barkley, um dos pioneiros no estudo do TDAH. Ao ouvir os sintomas da doença, Ana Beatriz não teve dúvidas: "Sou eu!". Logo que a palestra acabou, foi atrás de Barkley e pediu para fazer um teste psicológico. Ele voltou com o resultado positivo. Assim que começou a se tratar para TDAH, Ana Beatriz, que cursou ao mesmo tempo Medicina, Física e Odontologia, conseguiu pisar no freio da mente e seguir uma estrada só: especializou-se em TDAH e hoje é autora de best-sellers sobre o tema.

Homo desatentus
Savana africana, 30 mil a.C. Em um pequeno grupo de Homo sapiens, alguém se esforça para entender a conversa. Não é tarefa fácil. Folhas balançando ao vento, pilhas de ossos ao lado, trilhas de animais no chão. Tudo capta seu olhar. Mas o TDAH pode ter sido uma vantagem para nossos ancestrais. Na luta pela sobrevivência entre caçadores-coletores, levava vantagem quem possuía uma misteriosa habilidade presente no cérebro TDAH: o hiperfoco. Hiperfoco é uma capacidade de superconcentração característica de muitas mentes desatentas. Você já deve ter topado com gente assim: o menino que não para quieto, mas joga 10 horas de videogame, ou a pessoa que não vai à aula, mas passa a tarde tocando violão. Seriam todos descendentes diretos do caçador distraído, mas supereficaz. Para ele, um animal na savana é como um videogame ou um violão: algo que monopoliza o cérebro. Essa capacidade de ver uma presa e apagar o resto do mundo conferiu vantagens evolutivas. E, em tese, possibilitou que os genes do caçador TDAH chegassem até nós. "Estima-se que 80% dos casos de TDAH têm origens genéticas", diz o psiquiatra da New York University Lenard Adler.

Mas voltemos a 2012. Faz 4 horas que escrevo sem parar. Não batuco na mesa, como de costume. Nenhuma janela aberta no navegador. Quem me conhece pode achar que estou possuído. E estou: por uma pílula. O mecanismo exato de funcionamento dos medicamentos para TDAH é desconhecido. Mas os efeitos mentais são bem familiares. Em alguns minutos, o cérebro, que funcionava como um rádio fora de estação, entra em sintonia. E o impossível se torna possível: executar uma só tarefa por vez.

Ritalin, Aderall, Concerta, Venvanse. São algumas das drogas mais eficazes da indústria farmacêutica na guerra contra os problemas de atenção. Mas ainda não dá para afirmar que existem armas de precisão no mercado. É possível, por exemplo, ingerir um medicamento com um alvo em mente e acertar outro: engolir uma pílula com a intenção de escrever um texto e terminar arrumando a gaveta de meias. Muito menos existe uma espécie de bomba atômica contra o TDAH: um medicamento que funcione com 100% dos pacientes. Para tratar o TDAH, ainda é necessário alguém que entenda de estratégia de guerra: um psiquiatra capaz de testar os medicamentos mais adequados a cada caso.

Mas agora a pergunta que realmente interessa: como saber se você tem TDAH? Se você chegou sem interrupções até aqui, a resposta mais provável é não. (Mas pode ser que sim. E você está em hiperfoco agora). A verdade é que só um profissional vai saber responder. Mas, se a resposta for sim, não se desespere. Afinal, um simples TDAH não impediu você de ler este texto até o final, não é mesmo? E nem me impedirá de escrever muitos outros.

Para saber mais
Mentes Inquietas
Ana Beatriz Barbosa, Fontanar, 2009.

Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/minha-vida-foco-695353.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&

Alfabeto completo - pontilhado com setas

Alfabeto completo pontilhado com seta. Para trabalhar a coordenação motora, senso de direção, noção de espaço, atenção e concentração.
Peça para que as crianças passem primeiro o dedo sobre a letra para compreender o caminho que deve seguir, em seguida cubra o pontilhado com giz de cera.
Na letra abaixo cubra com cuidado, o ideal é que a professora esteja ao lado. Indico também esta atividade para crianças que tem dificuldade de acompanhar o desenho correto da grafia. No caso das setas auxiliam para o senso de direção de cada uma letras.


Alfabeto completo pontilhado com seta. Para trabalhar a coordenação motora, senso de direção, noção de espaço, atenção e concentração.
Peça para que as crianças passem primeiro o dedo sobre a letra para compreender o caminho que deve seguir, em seguida cubra o pontilhado com giz de cera.
Na letra abaixo cubra com cuidado, o ideal é que a professora esteja ao lado. Indico também esta atividade para crianças que tem dificuldade de acompanhar o desenho correto da grafia. No caso das setas auxiliam para o senso de direção de cada uma letras.



Dislexia - Dicas úteis para professores

Esse guia prático foi feito enviado a mim pela Luzia Santos de Melo. Espero que auxiliem mães e professores que tem dificuldade de compreender sobre o tema, bem instrutivo, recomendo a todos vocês. Boa leitura!

Andreza Menezes

"A publicação deste texto no blog "Meus Trabalhos Pedagógicos teve autorização da autora Luzia Santos de Melo. "


1. DISLEXIA
1.1O que é?
A dislexia é uma dificuldade na área leitura, escrita e soletração, que podem ser vinculadas a outras dificuldades na área da psicomotricidade, como direita e esquerda, e também nos conceitos de dimensões, nas realizações aritméticas. É importante ressaltar que a dislexia não é uma doença. Ela é um distúrbio genético e neurobiológico de funcionamento do cérebro para todo processamento linguístico relacionado à leitura. 
1.2. Causa

A dislexia é um fenótipo. O fenótipo são as características observáveis ou caracteres de um organismo ou  população como,por exemplo: morfologia, desenvolvimento, propriedades bioquímicas ou fisiológicas e comportamento.O fenótipo resulta da expressão dos genes do organismo, da influência de fatores ambientais e da possível interação entre os dois. 
Para Filho (2012 p. 89)    Saber ler e escrever são habilidades importantes na sociedade em que vivemos.
A escrita é um objeto cultural, resultado de um grande esforço evolutivo da humanidade, e cumpre múltiplas funções em nossa sociedade. Nos servem de memória e complementa informações, força de expressão e facilitador comunicativo. Mesmo sabendo da importância da escrita, muitas crianças não conseguem transferir o aprendizado para o seu dia a dia, por apresentar déficits de aprendizagem e dificuldades para aquisição da linguagem e escrita.
                                
As novas abordagens metodológicas aproximam a Neurociência da Educação, ajudando os professores e educadores a entender que, se o aprendizado ocorre no corpo, é fundamental aliar conhecimentos da Neurociência ás teorias educacionais. Dislexia é um distúrbio específico de leitura que acomete estruturas corticais. As dificuldades de leitura pode coexistir com dificuldades na linguagem escrita, cálculo, atenção, memória e interação perceptivo-motora. As habilidades relacionadas á linguagem oral, contudo, estão preservadas e por isso o sujeito é capaz de compreender a informação quando ouve e não quando lê. (PINHEIRO, 2014 p.117)
É importante haver uma boa troca de informações, experiências e até sintonia dos

procedimentos executados entre profissional, escola e família para fechar o quadro de diagnostico sobre a dislexia.
1.3 Classificação da Dislexia:
Com a consequência de um dano cerebral, os problemas que afetam a compreensão ou produção da linguagem são conhecidos como afasia, e o problema predominante do paciente afásico é a perda da capacidade ou habilidade da linguagem falada e escrita por conta das lesões cerebrais. Partindo deste contexto veremos diferentes tipos de dislexia: Dislexia adquirida periféricas, dislexias centrais, dislexia fonológicas e dislexia profunda:
As dislexias adquiridas periféricas são:
-Dislexia por negligência: incapacidade para ler as letras iniciais das palavras, embora tenham consciência de que elas existam.
-Dislexia da atenção: Incapacidade de ler textos, ou seja, várias palavras na página,palavras se misturam.
-Leitura Letra por Letra: Inabilidade de ler uma palavra completa. Para poder pronunciar a palavra identificam letra por letra, quanto maior a palavra mais tempo levam para identificá-las.
As dislexias centrais são:
-Leitura não semântica: dificuldade na compreensão das palavras ou texto, embora consiga ler.
-Dislexia da superfície: Leitura ruim e palavras irregulares, pronunciadas como se fosse regulares, não lendo corretamente, não saberá o significado das palavras.
Dislexia fonológica: Dificuldade na leitura oral das palavras não familiares.
         Dislexia profunda: Incapacidade quase que total de leitura de ler palavras em voz alta. Isto sugere incapacidade de conversão da letra para o som.
1.4 Neurobiologia
         Para Chiaratti e Hirt (2012 p.79) Observado essas dificuldades, uma equipe multidisciplinar, formada por Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar a investigação minuciosa do caso. Essa mesma equipe deve, ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista, Geneticista, Pediatra e outros.

Valendo ressaltar que a equipe profissional verificará todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar todas as dificuldades da dislexia.
A seguir complete a sequência na direção determinada de cada letra. Perceba que, não é uma atividade tão simples assim, e, imagine que uma criança com dislexia tem a mesma dificuldade, só que de modo inverso:

1.5 Sinais de Alerta
Geralmente os professores são os primeiros a detectar os sinais de dificuldades na aprendizagem e linguagem oral e escrita, devemos ficar atentos a alguns sinais e alertas, pois sem as informações e os conhecimentos necessários sobre os distúrbios pode prolongar o processo e agravar o problema, pois o quanto antes sair o diagnóstico mais positivo será o resultado do processo.
Fiquem atentos a três pontos a seguir:
- As crianças com distúrbios de aprendizado frequentemente tem problemas em mais de uma área.
- Os distúrbios de aprendizagem não aparecem quando a criança volta para casa;
- Os distúrbios de aprendizagem podem produzir consequências emocionais.
Principais dificuldades apresentadas pela criança com dislexia, de acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD):
-Demora a aprender a falar, fazer laço nos sapatos, a reconhecer as horas, a pegar e chutar bola, a pular corda.
-Tem dificuldade para: Escrever números e letras corretamente. Ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e as sílabas de palavras compridas. Distinguir esquerda e direita
-Necessita usar blocos, dedos ou anotação para fazer cálculos.
-Apresenta dificuldade incomum para lembrar fatos básicos.
-Sua compreensão de leitura é mais lenta do que o esperado para a idade.
-Demonstra insegurança e baixa apreciação sobre se mesma.
-Confunde-se, as vezes, com instruções, números de telefone, lugares, horas e datas.
- Atrapalha-se ao falar palavras longas.
- Tem dificuldade em planejar e fazer redações.

Para Pinheiro, Ramos e Costa (2014 p.16). Cabe ressaltar que, no inicio a dislexia ocorre com sintomas cognitivos, e sim físicos e emocionais. A criança se torna ansiosa ou depressiva, hesita em ir à escola, sente dores de cabeça e pode mesmo passar a ter comportamento agressivo.
A reprovação e abandono dos estudos são comuns na vida escolar da criança com dislexia, que é constantemente considerada como desatenta, preguiçosa, relapsa, desinteressada, sem vontade de aprender, o que pode agravar-se com o tempo, pois consequentemente seu trato emocional fica abalado.
        
1.6 Sugestões para auxiliar a criança com Dislexia
        
Um dos processos que requer mais dedicação e comprometimento do professor é a alfabetização e letramento, símbolos e situações são criados para desafiar e criança nessa produção contínua e crescente da aquisição da escrita e linguagem, durante o processo o professor ao se deparar com a situação problema terá que interagir com o aluno desafiando-o com atividades lúdicas e diferenciadas para alcançar resultados satisfatórios.
No processo de alfabetização, a criança deve ter o convívio com a linguagem escrita em atividades reais e significativas, tendo a interação com as mais diversas produções gráficas utilizadas no meio cultural e em sala de aula para que possa a vir a construir o conteúdo de ensino           . A alfabetização constitui-se em uma atividades interativa, interdiscursiva de apropriação de diferentes linguagens, produzidas culturalmente. (CHIRIATTI, HIRT. 2012 p.42)
A seguir, serão apresentadas sugestões para ajudar a criança com dislexia citadas pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD):
-Estabelecer horários para refeições, sono, deveres de casa e recreações.
-Quando for ensinar a criança a amarrar os sapatos não fique de frente para a criança, coloque-a ao seu lado, com os braços sobre os ombros dela.
-Para as que tem dificuldades com a direita e esquerda, uma marca é necessária. Por exemplo, fazer um relógio de pulso, um bracelete ou botão pregado no bolso do lado favorecido.
-Reforçar a ordem das letras do alfabeto, cantando e dividindo-se em pequenos grupos.
-Ensinar a criança a sentir “sentir” as letras através de diferentes texturas de materiais, como areia, papel, veludo, sabão e etc.
-Ler histórias em que se encontrem no nível de entendimento da criança.
-Instruir as crianças canhotas precocemente para evitar que assumam posturas pouco confortáveis e mesmo prejudiciais, como encobrir o papel com a mão ao escrever.
- Providenciar para que a criança use lápis e canetas grossos;
-A criança com dislexia confunde-se com volume de palavras e números com que tem de se defrontar. Para evitar isso, arranjar um cartão de aproximadamente 8 cm de comprimento e por 2 cm de largura, com uma janela no meio, da largura de uma linha escrita e de comprimento de 4 cm. Deslizando o cartão na folha, à medida que a criança lê, bloqueia o acesso visual para as linhas de baixo e de cima e dirige a atenção da criança da esquerda para a direita.
            É de suma importância para a criança que obtenha a compreensão e apoio do professor. Abaixo mais algumas considerações e sugestões de como auxiliar a criança com dislexia:
- Explique quais são os seus problemas.
- Tente restaurar a confiança do aluno em si próprio.
-Sente-se ao lado da criança.
-Nunca force a criança a aceitar a lição do dia.
-Evite submeter ao aluno à pressão do tempo ou competição com outras crianças.
-Seja flexível com relação ao conteúdo da lição.
-Fique ciente da possibilidade da criança disfarçar seus erros.
-Use a crítica de maneira construtiva.
-Permita vários tipos de ajuda para auxiliar o aluno.
-Estimule a criança a escrever em linhas alternadas.
-Certifique-se que as instruções para determinadas tarefas de casa sejam entendidas pela criança.
-Peçam para os pais para que releiam as instruções da tarefa de casa.
-Quando corrigir lições, seja realista mais não exagere.
-Não corrija lições com lápis ou caneta vermelha.
-Procure identificar a área de interesse da criança.
-Encontre livros de leitura que interessem a criança mesmo que elas sejam complexas para sua habilidade.
      

      Ao professor cabe reconhecer as dificuldades, identificar e verificar se é eventual ou persistente as dificuldades do aluno com dislexia e colaborar com o tratamento. E não custa ressaltar, a dislexia não é uma doença, porém, não tem cura. Mas com o diagnóstico e comprometimento no processo de estimulação das habilidades faltantes no final obtemos um resultado satisfatório.

CONSIDERAÇÔES FINAIS
Durante a alfabetização, o professor pode se deparar com dificuldade nos primeiros estágios do processo da escrita, da fala, da alfabetização. Mas o estudo do caso e do distúrbio de aprendizagem, no caso da dislexia, darão a ele subsídios necessários para lidar de forma adequada com o aluno. Existem vários estágios do processamento da escrita: dificuldade de pegar no lápis, adequação da postura corporal ao ato da escrita, dificuldades perceptiva no traçado das letras e números, bem como a centralização destes espaços. Todos esses estágios requer atenção e orientação do professor para que se inicie o processo de forma correta e sem agravantes. É preciso agir de forma inovadora, um aluno com Dislexia trás ao educador um desafio categórico e renova expectativas para um novo olhar sobre a educação sistematizada.
Vimos aqui que a Dislexia é um distúrbio que acomete muitas crianças e também adultos, por se tratar de um fator neurológico sem cura, mas nada impede do mesmo ter uma vida normal, desde que se tenha atitudes direcionadas ao trato das deficiências.


DICAS DE LEITURA
O dom da dislexia – Por que algumas das pessoas mais brilhantes não conseguem ler e como podem aprender", de Ronald D. Davis (com a colaboração de Eldon M. Braun), que a Editora Rocco publica sob o selo Pais, Tais & Profissionais.
Ronald Davis, ele próprio um disléxico, relata no prefácio uma marcante experiência de sua vida. Em 1949, aos 7 anos de idade, estava mais uma vez de castigo no canto da sala de aula, com um lenço branco dobrado sobre sua cabeça, seu "rótulo de demérito". Envergonhado, sem coragem de mover-se para ir ao banheiro, acaba molhando as calças. Tenso, apavorado com a possibilidade de ouvir os meninos gritarem "O retardado fez xixi na calça de novo!", ele permaneceu imóvel até que o sinal tocasse e a sala ficasse vazia. Ainda sem coragem de se mover, ele sussurrou uma prece e então o professor que o havia posto lá o obriga a falar em voz alta o que está dizendo. "Eu pedi para Deus não me fazer sentar no canto nunca mais"
A Vida Secreta da Criança Com Dislexia - Robert Frank; Kathryn E. Livingston 
Como ela Pensa, Como ele Sente, e Como eles Podem ser Bem-Sucedidos. Seu filho não é atrapalhado, devagar. Ele não tem raciocínio lento ou finge que não entende, nem é preguiçoso. Seu filho tem dislexia e precisa de sua ajuda. Através deste texto você poderá descobrir e entender as batalhas diárias pelas quais ele passa, e ajudá-lo agora e prepará-lo para o futuro.


SITES E ENDEREÇOS ÚTEIS
Abaixo sites que tratam sobre a Dislexia:
-Associação Brasileira de Dislexia (ABD): http://www.dislexia.org.br/

-Bengala Legal: http://www.bengalalegal.com/dislexia

Esse guia prático foi feito enviado a mim pela Luzia Santos de Melo. Espero que auxiliem mães e professores que tem dificuldade de compreender sobre o tema, bem instrutivo, recomendo a todos vocês. Boa leitura!

Andreza Menezes

"A publicação deste texto no blog "Meus Trabalhos Pedagógicos teve autorização da autora Luzia Santos de Melo. "


1. DISLEXIA
1.1O que é?
A dislexia é uma dificuldade na área leitura, escrita e soletração, que podem ser vinculadas a outras dificuldades na área da psicomotricidade, como direita e esquerda, e também nos conceitos de dimensões, nas realizações aritméticas. É importante ressaltar que a dislexia não é uma doença. Ela é um distúrbio genético e neurobiológico de funcionamento do cérebro para todo processamento linguístico relacionado à leitura. 
1.2. Causa

A dislexia é um fenótipo. O fenótipo são as características observáveis ou caracteres de um organismo ou  população como,por exemplo: morfologia, desenvolvimento, propriedades bioquímicas ou fisiológicas e comportamento.O fenótipo resulta da expressão dos genes do organismo, da influência de fatores ambientais e da possível interação entre os dois. 
Para Filho (2012 p. 89)    Saber ler e escrever são habilidades importantes na sociedade em que vivemos.
A escrita é um objeto cultural, resultado de um grande esforço evolutivo da humanidade, e cumpre múltiplas funções em nossa sociedade. Nos servem de memória e complementa informações, força de expressão e facilitador comunicativo. Mesmo sabendo da importância da escrita, muitas crianças não conseguem transferir o aprendizado para o seu dia a dia, por apresentar déficits de aprendizagem e dificuldades para aquisição da linguagem e escrita.
                                
As novas abordagens metodológicas aproximam a Neurociência da Educação, ajudando os professores e educadores a entender que, se o aprendizado ocorre no corpo, é fundamental aliar conhecimentos da Neurociência ás teorias educacionais. Dislexia é um distúrbio específico de leitura que acomete estruturas corticais. As dificuldades de leitura pode coexistir com dificuldades na linguagem escrita, cálculo, atenção, memória e interação perceptivo-motora. As habilidades relacionadas á linguagem oral, contudo, estão preservadas e por isso o sujeito é capaz de compreender a informação quando ouve e não quando lê. (PINHEIRO, 2014 p.117)
É importante haver uma boa troca de informações, experiências e até sintonia dos

procedimentos executados entre profissional, escola e família para fechar o quadro de diagnostico sobre a dislexia.
1.3 Classificação da Dislexia:
Com a consequência de um dano cerebral, os problemas que afetam a compreensão ou produção da linguagem são conhecidos como afasia, e o problema predominante do paciente afásico é a perda da capacidade ou habilidade da linguagem falada e escrita por conta das lesões cerebrais. Partindo deste contexto veremos diferentes tipos de dislexia: Dislexia adquirida periféricas, dislexias centrais, dislexia fonológicas e dislexia profunda:
As dislexias adquiridas periféricas são:
-Dislexia por negligência: incapacidade para ler as letras iniciais das palavras, embora tenham consciência de que elas existam.
-Dislexia da atenção: Incapacidade de ler textos, ou seja, várias palavras na página,palavras se misturam.
-Leitura Letra por Letra: Inabilidade de ler uma palavra completa. Para poder pronunciar a palavra identificam letra por letra, quanto maior a palavra mais tempo levam para identificá-las.
As dislexias centrais são:
-Leitura não semântica: dificuldade na compreensão das palavras ou texto, embora consiga ler.
-Dislexia da superfície: Leitura ruim e palavras irregulares, pronunciadas como se fosse regulares, não lendo corretamente, não saberá o significado das palavras.
Dislexia fonológica: Dificuldade na leitura oral das palavras não familiares.
         Dislexia profunda: Incapacidade quase que total de leitura de ler palavras em voz alta. Isto sugere incapacidade de conversão da letra para o som.
1.4 Neurobiologia
         Para Chiaratti e Hirt (2012 p.79) Observado essas dificuldades, uma equipe multidisciplinar, formada por Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar a investigação minuciosa do caso. Essa mesma equipe deve, ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista, Geneticista, Pediatra e outros.

Valendo ressaltar que a equipe profissional verificará todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar todas as dificuldades da dislexia.
A seguir complete a sequência na direção determinada de cada letra. Perceba que, não é uma atividade tão simples assim, e, imagine que uma criança com dislexia tem a mesma dificuldade, só que de modo inverso:

1.5 Sinais de Alerta
Geralmente os professores são os primeiros a detectar os sinais de dificuldades na aprendizagem e linguagem oral e escrita, devemos ficar atentos a alguns sinais e alertas, pois sem as informações e os conhecimentos necessários sobre os distúrbios pode prolongar o processo e agravar o problema, pois o quanto antes sair o diagnóstico mais positivo será o resultado do processo.
Fiquem atentos a três pontos a seguir:
- As crianças com distúrbios de aprendizado frequentemente tem problemas em mais de uma área.
- Os distúrbios de aprendizagem não aparecem quando a criança volta para casa;
- Os distúrbios de aprendizagem podem produzir consequências emocionais.
Principais dificuldades apresentadas pela criança com dislexia, de acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD):
-Demora a aprender a falar, fazer laço nos sapatos, a reconhecer as horas, a pegar e chutar bola, a pular corda.
-Tem dificuldade para: Escrever números e letras corretamente. Ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e as sílabas de palavras compridas. Distinguir esquerda e direita
-Necessita usar blocos, dedos ou anotação para fazer cálculos.
-Apresenta dificuldade incomum para lembrar fatos básicos.
-Sua compreensão de leitura é mais lenta do que o esperado para a idade.
-Demonstra insegurança e baixa apreciação sobre se mesma.
-Confunde-se, as vezes, com instruções, números de telefone, lugares, horas e datas.
- Atrapalha-se ao falar palavras longas.
- Tem dificuldade em planejar e fazer redações.

Para Pinheiro, Ramos e Costa (2014 p.16). Cabe ressaltar que, no inicio a dislexia ocorre com sintomas cognitivos, e sim físicos e emocionais. A criança se torna ansiosa ou depressiva, hesita em ir à escola, sente dores de cabeça e pode mesmo passar a ter comportamento agressivo.
A reprovação e abandono dos estudos são comuns na vida escolar da criança com dislexia, que é constantemente considerada como desatenta, preguiçosa, relapsa, desinteressada, sem vontade de aprender, o que pode agravar-se com o tempo, pois consequentemente seu trato emocional fica abalado.
        
1.6 Sugestões para auxiliar a criança com Dislexia
        
Um dos processos que requer mais dedicação e comprometimento do professor é a alfabetização e letramento, símbolos e situações são criados para desafiar e criança nessa produção contínua e crescente da aquisição da escrita e linguagem, durante o processo o professor ao se deparar com a situação problema terá que interagir com o aluno desafiando-o com atividades lúdicas e diferenciadas para alcançar resultados satisfatórios.
No processo de alfabetização, a criança deve ter o convívio com a linguagem escrita em atividades reais e significativas, tendo a interação com as mais diversas produções gráficas utilizadas no meio cultural e em sala de aula para que possa a vir a construir o conteúdo de ensino           . A alfabetização constitui-se em uma atividades interativa, interdiscursiva de apropriação de diferentes linguagens, produzidas culturalmente. (CHIRIATTI, HIRT. 2012 p.42)
A seguir, serão apresentadas sugestões para ajudar a criança com dislexia citadas pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD):
-Estabelecer horários para refeições, sono, deveres de casa e recreações.
-Quando for ensinar a criança a amarrar os sapatos não fique de frente para a criança, coloque-a ao seu lado, com os braços sobre os ombros dela.
-Para as que tem dificuldades com a direita e esquerda, uma marca é necessária. Por exemplo, fazer um relógio de pulso, um bracelete ou botão pregado no bolso do lado favorecido.
-Reforçar a ordem das letras do alfabeto, cantando e dividindo-se em pequenos grupos.
-Ensinar a criança a sentir “sentir” as letras através de diferentes texturas de materiais, como areia, papel, veludo, sabão e etc.
-Ler histórias em que se encontrem no nível de entendimento da criança.
-Instruir as crianças canhotas precocemente para evitar que assumam posturas pouco confortáveis e mesmo prejudiciais, como encobrir o papel com a mão ao escrever.
- Providenciar para que a criança use lápis e canetas grossos;
-A criança com dislexia confunde-se com volume de palavras e números com que tem de se defrontar. Para evitar isso, arranjar um cartão de aproximadamente 8 cm de comprimento e por 2 cm de largura, com uma janela no meio, da largura de uma linha escrita e de comprimento de 4 cm. Deslizando o cartão na folha, à medida que a criança lê, bloqueia o acesso visual para as linhas de baixo e de cima e dirige a atenção da criança da esquerda para a direita.
            É de suma importância para a criança que obtenha a compreensão e apoio do professor. Abaixo mais algumas considerações e sugestões de como auxiliar a criança com dislexia:
- Explique quais são os seus problemas.
- Tente restaurar a confiança do aluno em si próprio.
-Sente-se ao lado da criança.
-Nunca force a criança a aceitar a lição do dia.
-Evite submeter ao aluno à pressão do tempo ou competição com outras crianças.
-Seja flexível com relação ao conteúdo da lição.
-Fique ciente da possibilidade da criança disfarçar seus erros.
-Use a crítica de maneira construtiva.
-Permita vários tipos de ajuda para auxiliar o aluno.
-Estimule a criança a escrever em linhas alternadas.
-Certifique-se que as instruções para determinadas tarefas de casa sejam entendidas pela criança.
-Peçam para os pais para que releiam as instruções da tarefa de casa.
-Quando corrigir lições, seja realista mais não exagere.
-Não corrija lições com lápis ou caneta vermelha.
-Procure identificar a área de interesse da criança.
-Encontre livros de leitura que interessem a criança mesmo que elas sejam complexas para sua habilidade.
      

      Ao professor cabe reconhecer as dificuldades, identificar e verificar se é eventual ou persistente as dificuldades do aluno com dislexia e colaborar com o tratamento. E não custa ressaltar, a dislexia não é uma doença, porém, não tem cura. Mas com o diagnóstico e comprometimento no processo de estimulação das habilidades faltantes no final obtemos um resultado satisfatório.

CONSIDERAÇÔES FINAIS
Durante a alfabetização, o professor pode se deparar com dificuldade nos primeiros estágios do processo da escrita, da fala, da alfabetização. Mas o estudo do caso e do distúrbio de aprendizagem, no caso da dislexia, darão a ele subsídios necessários para lidar de forma adequada com o aluno. Existem vários estágios do processamento da escrita: dificuldade de pegar no lápis, adequação da postura corporal ao ato da escrita, dificuldades perceptiva no traçado das letras e números, bem como a centralização destes espaços. Todos esses estágios requer atenção e orientação do professor para que se inicie o processo de forma correta e sem agravantes. É preciso agir de forma inovadora, um aluno com Dislexia trás ao educador um desafio categórico e renova expectativas para um novo olhar sobre a educação sistematizada.
Vimos aqui que a Dislexia é um distúrbio que acomete muitas crianças e também adultos, por se tratar de um fator neurológico sem cura, mas nada impede do mesmo ter uma vida normal, desde que se tenha atitudes direcionadas ao trato das deficiências.


DICAS DE LEITURA
O dom da dislexia – Por que algumas das pessoas mais brilhantes não conseguem ler e como podem aprender", de Ronald D. Davis (com a colaboração de Eldon M. Braun), que a Editora Rocco publica sob o selo Pais, Tais & Profissionais.
Ronald Davis, ele próprio um disléxico, relata no prefácio uma marcante experiência de sua vida. Em 1949, aos 7 anos de idade, estava mais uma vez de castigo no canto da sala de aula, com um lenço branco dobrado sobre sua cabeça, seu "rótulo de demérito". Envergonhado, sem coragem de mover-se para ir ao banheiro, acaba molhando as calças. Tenso, apavorado com a possibilidade de ouvir os meninos gritarem "O retardado fez xixi na calça de novo!", ele permaneceu imóvel até que o sinal tocasse e a sala ficasse vazia. Ainda sem coragem de se mover, ele sussurrou uma prece e então o professor que o havia posto lá o obriga a falar em voz alta o que está dizendo. "Eu pedi para Deus não me fazer sentar no canto nunca mais"
A Vida Secreta da Criança Com Dislexia - Robert Frank; Kathryn E. Livingston 
Como ela Pensa, Como ele Sente, e Como eles Podem ser Bem-Sucedidos. Seu filho não é atrapalhado, devagar. Ele não tem raciocínio lento ou finge que não entende, nem é preguiçoso. Seu filho tem dislexia e precisa de sua ajuda. Através deste texto você poderá descobrir e entender as batalhas diárias pelas quais ele passa, e ajudá-lo agora e prepará-lo para o futuro.


SITES E ENDEREÇOS ÚTEIS
Abaixo sites que tratam sobre a Dislexia:
-Associação Brasileira de Dislexia (ABD): http://www.dislexia.org.br/

-Bengala Legal: http://www.bengalalegal.com/dislexia

Para colorir e cobrir - copa 2014 - Fuleco

Atividades para colorir copa do mundo 2014. Fuleco, com pontilhado.










Atividades para colorir copa do mundo 2014. Fuleco, com pontilhado.











Atividades copa - Coordenação Motora

Vamos ajudar o Fuleco a chegar a bandeira do Brasil.
Para trabalhar a coordenação motora.

Vamos ajudar o Fuleco a chegar a bandeira do Brasil.
Para trabalhar a coordenação motora.

Atividades copa do mundo - número 2

Copa do mundo - Fuleco.
Número dois!




Copa do mundo - Fuleco.
Número dois!





Atividades Copa - Fuleco - Número 1

Fuleco - Contando números.

Hoje as atividades são por números, três atividades diferentes para cada número, desenvolvendo percepção visual, coordenação motora. Cores, formas geométricas, atenção e concentração.



Fuleco - Contando números.

Hoje as atividades são por números, três atividades diferentes para cada número, desenvolvendo percepção visual, coordenação motora. Cores, formas geométricas, atenção e concentração.




Atividades Letra Q












Atividades Meio Ambiente - Recilcar

Atividades para colorir - Reciclar








Atividades para colorir - Reciclar